segunda-feira, 6 de outubro de 2008

De Seatle para o mundo!

Os anos 90 também foram marcados pela volta do rock às paradas, desta vez com o grunge, considerado por alguns como o movimento mais impactuante e revolucionário do cenário musical dos últimos tempos!

O grunge (do inglês "grungy", que significa sujo, que se veste mal) é um estilo que reúne características do heavy metal e do punk rock. As guitarras distorcidas se assemelham ao metal dos anos 70, já a atitude e as letras confessionais foram inspiradas no movimento punk.

O berço do estilo musical é a cidade americana de Seatle, que além revelar grandes astros de rock, como Jimi Hendrix, revelou as maiores bandas da história do grunge como Nirvana, Pearl Jam, Alice in Chains e Soundgarden.

Nirvana, fundada em 1987, é considerada a segunda banda mais representativa da década de 90 além de ser a maior banda grunge da história e uma das maiores da história do rock. A banda que vendeu mais de 50 milhões de álbuns no mundo todo, acabou em 1994, com a morte de seu líder e vocalista, Kurt Cobain.

Aliás, esse é um assunto que gera polêmica até hoje, pois há, ainda, quem acredite que o músico não tenha se suicidado com um tiro no queixo, e sim que a esposa Courtney Love, com quem tinha uma relação conturbada na época, o tivesse assassinado.

Mas esse post não é pra falar da parte trágica da história do grunge e sim de bandas que, sem se preocupar com a popularidade, continuam ativas, mesmo após o fim das suas outras bandas contemporâneas, como é o caso do Pearl Jam.

Eu sei que sou suspeita pra falar, porque quem me conhece sabe como sou fã dos caras, mas o Pearl Jam, de fato se tornou uma das bandas de rock mais respeitadas da história do rock. Os shows são sempre cheios de energia, música boa e arrisco dizer: irreverência. Além disso a banda já vendeu mais de 60 milhões de discos no mundo todo, além de ser recordista de álbuns ao vivo.

Mas, como nem tudo é tão perfeito assim, em 1994 os meninos entram em uma briga com a empresa Ticketmaster, alegando a monopolização do mercado de vendas de ingressos em território amerciano. A briga só acabou em 1995, 13 meses depois, quando o Departamento de Justiça Americana decide não mover uma ação a empresa. A banda, ao usar uma companhia rival como retaliação, ironicamente acabou por ajudar a provar que o Ticketmaster não mantinha monopólio.

Eddie Vedder, Stone Gossard, Matt Cameron, Jeff Ament e Mike McCready demoraram 15 anos para vir ao Brasil. O tão esperado show só aconteceu em dezembro de 2005, mas a espera não foi em vão. Quarenta mil pessoas lotaram a Apoteose e assistiram um show tranquilo e ao mesmo tempo devastador.

O vocalista, Eddie Vedder, se esforçou, mesmo depois de beber duas garrafas de vinho, e arriscou no português. Ele bebeu, cantou, tocou, falou e ficou visivelmente emocionado (E nós não, né?). Aliás a banda toda tocou super empolgada e feliz.

Lembrei de algumas frases do Eddie Vedder que me marcaram e acho que vale comentar: "Então é aqui que as escolas de samba desfilam? Hoje o Rock de Seattle vai desfilar!"; "Tocamos para 120 mil brasileiros e vocês foram tremendos! A próxima vez que tocaremos aqui o mundo será o melhor, porque GEORGE BUSH não será mais presidente"; e a última, “Meu telefone tá atrás do ingresso... Qualquer coisa me procurem em Seattle!" (Sen-sa-cio-nal)!

É... Pra quem achava que o Pearl Jam nunca viria ao Brasil, foi a realização de um sonho! Então, pra fechar o post, segue abaixo o clipe da música “Jeremy”, que foi premiado quatro vezes no 10º VMA, em 1993, nas categorias: Melhor Vídeo do Ano, Melhor Vídeo de Grupo, Melhor Vídeo de Metal e Hard Rock e Melhor Diretor.

Um dos melhores clipes, com certeza!

Beijos e curtam o som! ;]

Nenhum comentário:

Postar um comentário